RESUMO: O jornalismo surgiu nas Minas Gerais de forma tímida e tardia. Além disso, os estudos sobre a imprensa mineira no século XIX ressaltam que os jornais na província eram moderados. Isso contrastava com outras regiões, que possuíam uma imprensa combativa, maledicente e agressiva. Quando foi criado o primeiro jornal das Gerais, o Compilador Mineiro, em 13 de outubro de 1823, o Rio de Janeiro, a Bahia e Pernambuco já tinham várias publicações bastante atuantes.
Nas décadas de 1820 e 1830, os jornais mineiros eram muito frágeis, e de vida curta. Uma exceção foi O Universal, que tinha a frente o polêmico Bernardo Vasconcelos. Só a partir de 1825, a província teve mais de uma publicação circulando. A imprensa de concentrava em Ouro Preto, mas, a partir de 1827, surgiram jornais em outras cidades em que a mineração era forte.
Na segunda metade do século XVIII, quando ocorreu a decadência na mineração do ouro, outras regiões da província começaram a ganhar importância, como a Zona da Mata e o Sul das Minas, e isso, bem mais tarde, se refletiria na imprensa. Esses locais, em meados do período oitocentista, ganharam destaque no jornalismo mineiro.
A nova capital, que tinha o nome Cidade de Minas (hoje se chama Belo Horizonte), já nasce com uma imprensa diversificada. Antes mesmo de sua fundação, que ocorre em 12 de dezembro de 1897, a nova capital já contava com cinco periódicos. Em 1902, quatro anos após a sua fundação, já havia surgido na cidade 41 jornais e 8 revistas.
Apesar do jornalismo ter sido tardio e demorado a se consolidar nas Minas, importantes personalidades da imprensa brasileira são da região, como o Frei Veloso (fundador e diretor da Oficina do Arco do Cego, em Lisboa) e o padre Viegas (que realizou uma impressão calcográfica, em 1806 ou 1807).
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